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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Momentos Bipolares

Recentemente os "psicóticos maníacos-depressivos" foram promovidos a bipolares.
Definitivamente:
"Quanto mais a ciência avança, mais difícil fica encontrar alguém completamente são". :-)
Passo este fim de semana com a Sofia.
Ela brinca com os livros, assiste desenho, come, chama a minha atenção a cada 20 minutos.
É a minha "linguicinha". Não entendo o padrão de meninas aos cinco anos, mas ela me parece muito magrinha. Ao final da tarde ela já comeu uvas e morangos, mas em pequenas quantidades.
Paira no ar uma promessa de fazermos massa de pão de queijo, mas ainda nada está certo.

A Fase Maníaca
Passei recentemente no TJ. Meu processo acaba de entrar nas mãos da promotora.
O serviço social recomendou o GC, o promotoria concordou, a juíza negou.
Na conversa com a defensora obtive dela uma recepção muito boa.
Ela  afirmou que tendência atual seria Guarda Compartilhada(GC). A defensora reconhecia a GC como o melhor para a criança e dizia que o judiciário reconhecia também este. Ouviu com um ar de constrangimento as minhas ácidas considerações do tipo: "Isonomia de gênero, nas varas de família é, no melhor dos casos, coisa do futuro, a despeito da lei".
Não estou certo se posso procurar contato com a desembargadora, ou devo tentar nova conversa com a defensora, mas o otimismo pontua alto.
Questões variadas como:

  • alimentação
  • vestimenta
  • horários
  • prêmios e punições
  • mesada
  • responsabilidades
  • saúde

Seguem pendente, pois não interessa a mãe nenhum diálogo.
Surge uma cenário onde isto será superado em breve.

A Fase Depressiva
Penso nos problemas atuais. Lembro que apenas tomo conhecimento da minha filha pela agenda da escola.
Lembro que sou alienado do acompanhamento pediátrico de seu desenvolvimento. Fico ao sabor das repercussões que o sistema hormonal de sua mãe tem no seu humor para isto.
Tentando animar recordo de alguns pais que, eventualmente, apoio com, principalmente, meu ouvidos.
Lembro do pai:
  • com filhos entrando na adolescência. Tornou-se apenas o cara que é procurado por dinheiro. Ele hoje luta para que, pelo menos, isto seja feito com um padrão mínimo de dignidade.
  • que lutou e até conseguiu a GC, mas que não preservou sua base financeira e agora, terá que se mudar para longe do filho.
  • que luta há 10 anos e ainda não consegue que o judiciário garanta que o filho passe as férias com ele. Nenhum juiz gosta de dar "Busca e apreensão". Eu também já ouvi isto. Então, como faz? Se na guarda única o pai é quase nada. Não fazer cumprir o decisão é o ápice do cinismo de estado, mais uma vez, com o discurso sobre a sustentação disto estar no melhor para a criança.
  • que tenho conversado atualmente, luta para estabelecer uma convivência com a filha. Um conquista, que se obtida, ele não conseguirá manter. Com a colaboração da mãe não seria fácil, sem ela...E não a terá, pois hoje a mulher tem ganhos financeiros com a situação atual. Ok, Não é muito dinheiro...Mas, qual o valor financeiro de um princípio? Tivemos uma longa conversa e eu me peguei pedindo para ele reavaliar. Eu falei para um pai que sente saudades da sua pequena, que talvez, fosse melhor ele avaliar a situação. A mãe vai ampliar a infernização, não terá apoio da família próxima, irá expor a nova companheira, ampliará a crise financeira individual dele e danificará o horário que hoje ele ainda tem disponível para usar como fonte de ganho de mais alguns recursos financeiros, além é claro, na necessidade de se fazer uma poupança, pois se ele perder o emprego, considerando a poupança negativa no momento, será preso. Inevitavelmente, pela pensão.
O otimismo, por Pandora, é uma maldição
Mesmo num cenário otimista, assim que a bomba do incentivo que o estado estabeleceu ao comportamento irresponsável da mãe for desmontada, inicia-se uma mudanças de problemas.
Imagino um interessante emaranhado retórico para se justificar este comportamento.
Num cenário otimista, este sim absurdamente onírico, terei que lidar com uma criança que assistirá uma situação, hoje arbitrária e discreta, migrando para um cenário diferente no futuro.

Disputa esta que nunca desejei ou imaginei, mas que único instrumento que possuo para lidar com este problema seria abandonar a Sofia.
Disputa esta que surgiu na doentia mente de uma mulher atormentada e estimulada por um estado entre incompetente e omisso.
"Mãe é mãe, e você não será nada para a minha filha."
Como educar uma criança num ambiente deste?
Onde respeito é referência de dicionário.
Onde a criança, com olhar de medo, diz ao pai que "Se não fizer assim, ela vai brigar comigo. Vou levar um peteleco."

Indiferente à isto Sofia ri, brinca, exige atenção e corre.
Mesmo com cinco anos expõe uma organização mental de dar prazer.
Expressa suas preferências e negocia suas demandas.
Estabelece vínculos a sua volta e exige uma história antes de dormir.

Amanhã será um novo dia.

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