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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bebê, Criança, Menina, Mulher: Sofia

Faço um estilo sarcástico e demorei muito para entender que isto, quando dito pelos outros, nem sempre é um elogio.
Sempre me entendi bem com as ideias e discordâncias delas. Talvez por isto seja tão difícil empatizar com as dificuldades que alguns tem com ideias e discordâncias.
Resumindo: não é raro eu chocar as pessoas. Algumas já se apresentam pré-dispostas à isto, outras até que não... Mas a lista das que se sentem incomodadas não para de crescer.

Uma brincadeira que faço desde a gestação da Sofia é sobre seu irresistível interesse pela vida monástica. Comento sobre sua vocação para ser freira. :-)
Sempre afirmei que esta vocação era indisfarçável...desde os movimentos intra-uterinos.
Sejamos razoáveis:
Se alguém leva isto a sério temos uma pessoa com problema, e não sou eu. :-)

A Sofia já questiona as ideias. Já expressa claramente seus desejos e lança mão de seus recursos, não tão limitados assim, para obter oque quer. A Sofia já não é mais um bebê. Apesar de apresentar em alguns momentos que poderiam ser interpretados como uma regressão. Identifico estes momentos como hábeis artifícios que ela lança mão, na maior parte do tempo.
Recentemente tenho visto algumas manifestações de comportamentos mais maduros.
Contextualizando:
Íamos para uma festa infantil. Como sempre, os meninos ficam prontos primeiro, nada demais. Aguardávamos, eu e o Enzo, na sala.
Surge a Sofia, descendo a escada.
Roupa lilás, combinando com a bolsa e o calçado.
Mão abertas, palmas para baixo e com os dedos afastados. Unha pintada.
Maquiagem clarinha no rosto. Uma princesa. Linda a cena.
A Carla chega e vamos para o carro. Lá sentados estamos e a Sofia pergunta:
- Tia Carla, você botou o batom na minha bolsa?
- Ih, Sofia, esqueci.
- Tudo bem. Não vou poder beber nada então.
:-)

Reprisando: Sofia tem 4 anos. 4 anos feitos em janeiro.

A mãe da Sofia não é uma referência de vaidade pessoal, pelo menos não era. A Carla sim, ela é. Entretanto este nível é incompatível com a rotina que assisto. O susto passou, mas a origem deste comportamento continua uma incógnita.
A Sofia é uma criança. Grita, brinca, se emociona como uma criança.
Assistir a Cinderela com ela é uma experiência incrível.

Mas quando ela ativa o "Modo Mocinha"...
O "Modo Mocinha" parece que faz dela uma "Estagiária de Mulher".
Muda a voz, muda o olhar, mudam as maneiras.
Escolhe a cor, pinta a unha, pede batom, pede maquiagem, olha no espelho...

Talvez a madre superiora tenha mais trabalho do que, a princípio, eu imaginei. :-)